Psicologia

Para Sorabji (2005 v.1 p.25) quatro coisas são surpreendentes sobre a psicologia platônica e aristotélica nos comentadores que se desdobram na tradição deles. Primeiro, os neoplatonistas a viram como uma passagem para uma metafísica e teologia superiores. Segundo, a discordância entre as psicologias de Platão e Aristóteles tornava sua harmonização mais difícil. Terceiro, o comentadores aprofundaram a psicologia deles mais do que qualquer outro ensinamento. Quarto, admitem que a razão permeia outras funções mentais como percepção e formação de conceitos.

Platão: Mito da Queda da Alma

2. A queda. — É muito difícil saber qual é a natureza da alma, mas podemos, diz Platão (Fedro, 246 a), dar dela uma imagem. As almas são um carro celeste em que um cocheiro comanda os cavalos. Os cavalos das almas divinas são cavalos robustos e obedientes; o carro alado das almas humanas é feito de dois cavalos, um que é bom e obediente, o outro rebelde; por isso, conduzir um tal carro é uma coisa difícil.

O destino de Empédocles

Submitted by mccastro on Mon, 18/06/2012 - 10:57

Este personagem fabuloso impressionou a imaginação de Hölderlin e de Nietzsche, que quiseram fazer dele o tema de tragédias que nunca terminaram. Para Hölderlin, Empédocles é o herói romântico, devorado pelo desejo do infinito; para Nietzsche, é «o homem agonal» no qual se afrontam o século do mito e do orgiasmo e o do racionalismo1

A Alma e a Morte

Recolhemos no Fédon, a tentativa de definir a alma como ser imortal (athánaton) e indestrutível (anôlethron) (107a), podendo separar-se do corpo e sendo-lhe superior no conhecimento da verdade dos seres (65b-d); ela é anterior ao corpo, portanto autônoma até que tome forma humana - e entre no discurso imagético da geração - (73a,76e); é uma existência, uma ousía (78d) que se assemelha à forma invisível (79b), tem movimento, participa do uno (81c,84b) e seu pâthos perfeito, se não houvesse a mistura com outras naturezas, é o pensamento (phrónêsis), indício de sua proximidade com o divino (79

Noção de alma na Grécia do século IV aC

Na bagagem cultural que envolve a noção de alma no século IV aC, Platão tem à disposição algumas representações, ou seja, a alma como algo constituído de certa materialidade pouco visível, ou ainda, como entidade imaterial, invisível e autônoma, por vezes considerada superior ao corpo e aprisionada nele por um tempo, esvaindo-se ou permanecendo após a corrupção do soma.