Diálogos de Platão

Segundo Schäfer (2012 p.13), como não concedia à escrita a possibilidade de dizer a verdade, somente à oralidade, esta teria sido a razão porque Platão fez da introdução a seu ensinamento oral, seus escritos em forma de diá .

Axiocos

O Axiocos onde alternam narração, diálogo e mito, destaca-se do gênero literário da "consolação" praticado por Sêneca, Plutarco e por Cícero.; a obra conheceu uma grande fortuna na Antiguidade, em razão de seu caráter dramático que se associa ao medo que se ampara de uma homem ameaçado pela morte da qualidade de sua argumentação e de seu estilo. Sócrates anda pelas margens do Ilissos para ir ao Cinosargue, quando Clinias, acompanhado de Damon o músico e Cármides, lhe anuncia que seu pais está doente e que vai provavelmente morrer; pede a Sócrates de ir ter com Axiocos, tio de Alcibíades.

Demodocos

O escrito que nos chega sob este título, e que não comporta introdução nem conclusão, se compõe de quatro partes, distribuídas em dois grupos.

Erixias

O início do Erixias, que lembra o prólogo do Cármides, põe em cena junto de Sócrates e de Erixias, Crítias que se tornará um dos Trinta Tiranso e Erisistratos, o sobrinho do demagogo Feax, que foi talvez ele também, um dos Trinta. Erixias é o principal interlocutor da primeira parte, Critias da segunda, e Sócrates da terceira, enquanto permanece no conjunto apagado. Três teses são examinadas no curso deste diálogo recontado: 1) Só o sábio é verdadeiramente rico; 2) A riqueza não é em si nem um bem nem um mal, mas pode se tornar; 3) A riqueza é indissociável da utilidade.

Halcion

Sócrates relata a Querofon, aquele de seus discípulos que foi consultar o Oráculo de Delfos, o mito de Halcion, esta mulher inconsolável a partir da morte de seu marido, que os deuses transformaram em pássaro de canto lamentoso, que, quando faz seu ninho, anuncia o fim do mau tempo e um período de calma. É a ocasião para Sócrates de relembrar onipotência divina que administra nosso mundo de curso cambiante, um tema tradicional muito em voga nos estoicos, principalmente.

Fédon (trad. em português)

Versão eletrônica do diálogo platônico “Fedão”

Tradução: Carlos Alberto Nunes

Créditos da digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia)

A estrutura do texto, que adotamos abaixo, segue aquela da tradução de Léon Robin, publicada pela Bibliothèque Pléiade.

Hiparco

Wikipedia: Português; Inglês (mais completa)


Também conhecido como "O Homem ávido de ganhar", neste diálogo Sócrates e um interlocutor anônimo, que bem poderia ser um discípulo, buscam definir o que é o homem ávido, e sua discussão só é interrompida por uma apologia de Hiparco, filho cadete de Pisistrato, que foi tirano de Atenas no século VI. Quatro definições são propostas pelo interlocutor:

Segundo Alcibíades

Também chamado "Da Oração", o diálogo se engaja de modo abrupto entre Sócrates e Alcibíades que vai orar a um deus por um assunto que lhe parece importante. Sócrates demanda a Alcibíades se bem refletiu, pois o exemplo de Édipo mostra que a oração pode ter por consequência terríveis infelicidades. Alcibíades replica que Édipo era louco. Sócrates então faz notar que a loucura é o contrário da reflexão. Ora se a loucura é o contrário da reflexão, e se as pessoas que não refletem são mais numerosas que as que refletem, então devemos estar cercados de loucos, o que os fatos desmentem.