haplous

gr. / aplos: simples; aparentado com o monoeides ou os conceitos negativos de «sem partes» (ameres), incomposto (asyntheton) ou indivisível ( ), contrapondo-se ao multiforme (poikiloon, polyeides, polyplokoteron) ou composto ( , synkeisthai). Para Plotino, caráter fundamental do Belo.

Absoluto

Submitted by mccastro on Mon, 30/04/2012 - 11:06

A Primeira Hipóstase da Suprema Tríade Divina é chamada de modo variado: frequentemente é simplesmente "O Primeiro". Segundo um ponto de vista lógico, ou dialético, é o Uno. Moralmente vista, é o Bem; em vários outros usos e aspectos é O Simples, O Absoluto, O Transcendente, O Infinito, O Incondicionado; algumas vezes o Pai. [John Dillon, Plotinus, The Enneads]

Filebo 48a-50e — Tragédia e Comédia

Sócrates – E das representações trágicas, em que os espectadores choram no maior deleite, não te recordas?

Protarco – Como não?

Sócrates – E nosso estado de alma nas comédias? Não sabes que também aí ocorre um misto de prazeres e de dores?

Protarco – Não apanho muito bem esse aspecto da questão.

Sócrates – Em verdade, Protarco, não é muito fácil explicar o que se passa conosco em tais ocasiões.

Protarco – Pelo menos, é assim que eu penso.

Filebo 44a-46b — Crítica da doutrina do prazer na cessação da dor

Sócrates – Então, afirmaremos, como há pouco, que há três estados, ou diremos que só há dois: a dor, que constitui um mal para os homens; e a ausência de dor, que em si mesma é um bem, a que damos o nome de prazer?

XVII – Protarco – Sócrates, a propósito de quê formulamos a nós mesmos essas perguntas? Não atino com a razão de assim procedermos.

Sócrates – È que nunca ouviste falar em certos inimigos de nosso Filebo.

Protarco – A quem te referes?

Sócrates – Gente muito entendida nos problemas da natureza, e que negam em absoluto a existência do prazer.

Filebo 42c-46b — Crítica da teoria do prazer como ausência de dor

Sócrates – Depois disso, vejamos se no rasto de mesmo raciocínio não iremos encontrar prazeres e dores ainda mais falsos do que os parecem existir e existem nos seres vivos.

Protarco – Quantos são, e do que maneira os encontraremos?

XXVI – Sócrates – Repetidas vezes afirmamos que, quando a natureza de qualquer ser se corrompe, por concreções ou dissoluções, repleção ou esvaziamento, crescimento ou diminuição, ocorrem dores, mal-estar e sofrimento, e tudo o mais a que damos designações parecidas.

Protarco – É de fato; já tratamos várias vezes desse ponto.

Filebo 41a-42c — Prazeres e dores sendo da ordem do Infinito

Protarco – Não, Sócrates; é justamente o contrário. Dificilmente alguém afirmará que as dores e os prazeres são ruins por serem falsos, mas por implicarem grandes e numerosos vícios.

Sócrates – Mais para diante, se julgarmos conveniente, falaremos desses prazeres ruins que devem a ruindade própria a alguma corrupção. Por enquanto, tratemos apenas dos prazeres falsos de outro modo que, por vezes em grande número, se formam em nossa alma. Talvez isso seja de alguma utilidade para nossos julgamentos.

Protarco – Como não? Contanto que haja prazeres desse tipo.

Filebo 39c-40e — Um prazer ou uma dor são opiniões sobre o futuro

Sócrates – Se estiver tudo certo tudo o que dissemos até aqui, precisaremos examinar ainda o seguinte ponto.

Protarco – Qual?

Sócrates – Se as ocorrências presentes e passadas produzem necessariamente esses efeitos em nós, porém não as frutas.

Protarco – O mesmo se dará em qualquer tempo com todas.

Sócrates – Há pouco falamos dos prazeres e das dores que nos vêm por intermédio da alma e podem anteceder as que provém do corpo, do que resulta termos prazeres ou sofrimentos antecipados.

Protarco – É muito certo.

Filebo 36c-42c — Prazeres verdadeiros e prazeres falsos

Sócrates – Apliquemos no seguinte nossas observações acerca desses estados.

Protarco – Como será?

Sócrates – Diremos que essas sensações de prazer e de dor são verdadeiras, ou serão falsas? Ou algumas verdadeiras e outras falsas?

Protarco – De que modo, Sócrates, o prazer ou a dor poderia ser falsos?

Sócrates – Da mesma maneira, Protarco, que pode haver temores verdadeiros ou falsos, expectativas verdadeiras ou não verdadeiras, e opiniões verdadeiras ou falsas.

Protarco – Com respeito a opinião, concedo; com o resto, não.