techne

gr. téchnê: ofício, habilidade, arte, ciência aplicada. Na filosofia platônica, a reflexão sobre a técnica ocupa um lugar determinante e constante: a técnica é o paradigma da relação que o homem entretém com todos os objetos. A técnica é uma atividade, de produção, de uso ou de cura, que põe em relação um agente e um objeto único, aquele que o técnico produz (uma ferramenta, uma escultura), que ele cura (um corpo, um rebanho) ou que ele utiliza (uma flauta, um barco). O técnico domina sua técnica particular graças à posse de um certo saber, de uma certa ciência. (Luc Brisson)

Protágoras

Trata da virtude em geral, e em especial se pode ser ensinada. Contra os sofistas. Se propõe assinalar a diferença entre o método socrático e a sofística.

Crátilo

Sobre a propriedade das palavras. Contra o heraclitismo. Insuficiência das palavras e das etimologias para chegar à verdade e à essência das coisas. Aparece a teoria das Ideias.

Górgias

Contraposição entre a retórica e a verdadeira sabedoria, entre o direito da justiça e o da força. Faz ressaltar a sobriedade da dialética contra os excessos da retórica. (Vale mais sofrer a injustiça que cometê-la. Contraste entre o prazer e a virtude. Hedonismo imoral de Polos e Calicles. Utilitarismo socrático. Aparece o mito sobre a imortalidade da alma. Tem uma finalidade prática e moral, apresentando a Retórica como uma arte da mentira, funesta para os indivíduos e o Estado.

Leis II

Estrutura dada por Léon Robin à versão francesa da obra completa de Platão: PLATON : OEUVRES COMPLÈTES, TOME 2

Prossegue-se ao exame do problema dos banquetes

Retorno sobre a educação: definição

POL 289d-290e: Artes adjuvantes

ESTRANGEIRO — Prossigamos e examinemos aqueles que restam, abordando-os de perto para ter um conhecimento mais seguro.

SÓCRATES, O JOVEM — Façamo-lo.

ESTRANGEIRO — Do nosso ponto de vista os mais ínfimos entre os servidores se nos apresentam com uma função e um caráter absolutamente contrários ao que imaginamos.

SÓCRATES, O JOVEM — Quem são eles?

ESTRANGEIRO — Aqueles que compramos ou adquirimos de modo semelhante. Devemos, sem dúvida, chamá-los escravos, e não têm a mínima participação na arte real.

SÓCRATES, O JOVEM — Sem dúvida alguma.