Leis
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gr. = agir moralmente, talvez bom; Platão utiliza a palavra prattein para descrever a ação que conduz à felicidade. v. .
Sobre as condições do governante.
Sobre a temperança (sophrosyne). Sócrates foi um bom educador e não um corruptor da juventude. Toma distância do ensinamento socrático impugnando o gnothi seauton e a redução da virtude à ciência. Tenta definir cientificamente a temperança, mas chega a uma conclusão negativa.
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Contra as falácias dialéticas dos sofistas.
Resumo de Jean Brun
No Eutidemo, em que Sócrates denuncia também a vaidade do saber enciclopédico dos sofistas, é-nos dito que, mesmo que existisse uma ciência capaz de tornar imortal, de nada serviria se não soubéssemos usar essa imortalidade. Precisamos, então, de um saber que ao mesmo tempo produza e saiba usar aquilo que produz (289 b).
Trata da virtude em geral, e em especial se pode ser ensinada. Contra os sofistas. Se propõe assinalar a diferença entre o método socrático e a sofística.
Escrita ao regressar Platão de sua viagem ao Egito. Reproduz a defesa de Sócrates diante de seus juízes. Não se ajusta rigorosamente às acusações apresentadas diante do tribunal, mas tem, certamente, valor histórico, pois na data de sua composição viviam todos ou grande parte dos que haviam presenciado o processo.
E eu lhe disse: — Muito bem, estrangeira! É belo o que dizes! Sendo porém tal a natureza do Amor, que proveito ele tem para os homens?
— Eis o que depois disso — respondeu-me — tentarei ensinar-te. Tal é de fato a sua natureza e tal a sua origem; e é do que é belo, como dizes. Ora, se alguém nos perguntasse: Em que é que é amor do que é belo o Amor, ó Sócrates e Diotima? ou mais claramente: Ama o amante o que é belo; que é que ele ama?
— Tê-lo consigo — respondi-lhe.
— O quê, então, ó Diotima?
— Um grande gênio, ó Sócrates; e com efeito, tudo o que é gênio está entre um deus e um mortal.
— E com que poder? Perguntei-lhe.
E a ti eu te deixarei agora; mas o discurso que sobre o Amor eu ouvi um dia, de uma mulher de Mantineia, Diotima, que nesse assunto era entendida e em muitos outros — foi ela que uma vez, porque os atenienses ofereceram sacrifícios para conjurar a peste, fez por dez anos recuar a doença, e era ela que me instruía nas questões de amor — o discurso então que me fez aquela mulher eu tentarei repetir—vos, a partir do que foi admitido por mim e por Agatão, com meus próprios recursos e como eu puder.
Depois que falou Agatão, continuou Aristodemo, todos os presentes aplaudiram, por ter o jovem falado à altura do seu talento e da dignidade do deus. Sócrates então olhou para Erixímaco e lhe disse: — Porventura, ó filho de Acúmeno, parece-te que não tem nada de temível o temor que de há muito sinto, e que não foi profético o que há pouco eu dizia, que Agatão falaria maravilhosamente, enquanto que eu me havia de embaraçar?
— Em parte — respondeu-lhe Erixímaco — parece-me profético o que disseste, que Agatão falaria bem; mas quanto a te embaraçares, não creio.