- 5 A tirania
-
O excesso de liberdade e desprezo das leis fazem passar da democracia à tirania
- passa-se de um extremo (a liberalidade) ao outro (a servidão)
O povo escolhe para defendê-lo dos ricos um homem a que concede todos os poderes e uma guarda pessoal
O tirano cresce este exército e a redireciona contra o povo
O homem tirânico é dominado pelo desejos desregrados (aqueles que se manifestam no sono, a loucura ou sob o império da bebida)
Ele é ele mesmo tiranizado por seus desejos eróticos e extermina tudo o que lhe faz obstáculo; a vida criminal do homem tirânico
-
-
Primeira prova, política
-
se o indivíduo se assemelha a um cidade (analogia entre a estrutura da alma e aquela do Estado), o homem tirânico é ele mesmo tiranizado por seus desejos e seus medos, que são mestres dele
ele é o menos livre (ele está sob o império de suas paixões)
ele é o menos rico (ninguém é rico cujos desejos não podem ser jamais satisfeitos)
ele é o que tem menos segurança (vive no medo)
então, ele é o mais infeliz
Segunda prova, psicológica
-
a comparar as duas vias a respeito do prazer, o melhor juiz é o filósofo, único a ter feito a experiência do prazeres particulares às três partes da alma, que têm cada uma sues desejos próprios
Terceira prova, filosófica
-
os prazeres os mais sensuais são impuros, pois eles são ilusoriamente exagerados pelo sofrimento dos quais procedem
as satisfações intelectuais são puras e também mais reais (na proporção da realidades de seus objetos).
o tirano, acorrentados aos desejos os mais baixos, é o mais afastado dos prazeres puros e reais acessíveis unicamente ao filósofo
Conclusão (e resposta final à afirmação inicial de Glaucon (360e), segundo a qual a injustiça é vantajosa, se ela não é punida)
-
o homem, forma única que recobre três figuras
- a de um monstro de cabeças múltiplas
- a de um leão
- a de um homem
a honestidade submete a parte bestial da parte humana (ou divina) e a desonestidade submete a parte doce à parte selvagem
o sábio realiza nele a Cidade ideal
-
- 1863 views